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Obra sobre tortura passa a integrar a exposição permanente do MHN

No início deste ano, o artista plástico carioca Cláudio Valério Teixeira doou ao Museu Histórico Nacional (MHN/Ibram) a tela “Tortura” – que faz parte de uma série apresentada ao público pela primeira vez em 1978.

A partir deste mês, o quadro passa a integrar a exposição permanente do museu, destacando-se na sala “A cidadania em construção”.

A tela "Tortura" de Cláudio Valério pode ser vista na exposição permanente do MHN

A tela “Tortura” de Cláudio Valério pode ser vista na exposição permanente do MHN

Paulo Knauss, diretor do MHN, afirma que a doação “com certeza contribuí para o enriquecimento de nosso acervo”, e que “o apoio de doadores mantém o acervo do MHN atualizado”.

A tela de grandes dimensões em técnica mista aborda, de forma alegórica, o tema da tortura, prática comum durante o regime militar no Brasil (1964-1985), a partir da representação de três mulheres envoltas em cordas e com rostos cobertos.

Em 2011, o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA/Ibram) realizou a mostra “1978 – desenhos”, na qual o artista pode recriar algumas das obras que estavam naquela primeira exposição e que foram destruídos, segundo conta, por uma “sucessão de fatalidades”.

Pintura social
Para o crítico de arte Jayme Maurício (1926-1997), o trabalho do pintor “enfrenta firmemente certos segmentos do nosso mundo social que são obscuros e mesmo tenebrosos. A pintura de Cláudio Valério é social, também porque ela não permite o engano ou o mal entendido”.

Pintor, desenhista, restaurador e crítico, Cláudio Valério, nascido em 1949, iniciou sua formação artística no ateliê de seu pai, o pintor Oswaldo Teixeira (1905-1974).

Formado em pintura na Escola de Belas Artes da UFRJ, desde o início dos anos 1970 o artista realiza exposições individuais e coletivas, tendo recebido diversos prêmios ao longo da carreira.

Especializou-se em restauração e conservação de pintura, tendo coordenado o projeto de conservação e restauração das telas “Batalha do Avaí”, de Pedro Américo, e “Batalha do Guararapes”, de Victor Meirelles, além de ter coordenado projetos na área de patrimônio edificado em Niterói (RJ).

O Museu Histórico Nacional funciona de terça a sexta-feira, das 10h às 17h30, e sábados, domingos e feriados, das 13h às 17h. Saiba o valor dos ingressos, quem pode visitar gratuitamente e como chegar ao MHN.

Texto e foto: Ascom/MHN

Obra sobre tortura passa a integrar a exposição permanente do MHN

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