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Retrospectiva: confira os destaques do MHN em 2018

Ao longo do ano passado, o Museu Histórico Nacional (MHN), que integra a rede do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), promoveu visitas mediadas, atividades acadêmicas, exposições e recebeu novos itens para o acervo: confira os destaques.

Educação
O Núcleo de Educação desenvolveu uma série de atividades para o público, com foco em visitas mediadas ao acervo e na divulgação da nova política para educação em museus no Brasil. O projeto Bonde da História, cuja proposta é levar os visitantes de diversas faixas etárias a conhecer as nossas exposições de longa duração, realizou 150 visitas guiadas ao longo de 2018.

Em junho, atividade educativa com foco na Copa do Mundo atraiu o público ao MHN

Em junho, atividade educativa com foco na Copa do Mundo atraiu o público ao MHN

Entre elas, algumas foram destaque de público. Em junho, a Copa do Mundo 2018 foi mote para duas edições da atividade “Dia de Copa no MHN”. A relação entre futebol e história, a troca de figurinhas do álbum da Copa e a distribuição de um álbum exclusivo do MHN com personagens históricos atraíram centenas de visitantes ao MHN.

Outro tema de grande interesse foi a visita mediada “A umbanda no Brasil”, que destacou objetos em nossas exposições que evocam a memória de uma das religiões mais populares no Brasil. A presença das mulheres em nossas coleções também foi destaque ao longo do ano com a atividade “Museu, memória e mulheres”.

Formação
Atividades acadêmicas, de formação e capacitação na área de museus e museologia também tiveram espaço garantido no ano passado.

O “Fórum Acervos Arqueológicos: por uma política de preservação do patrimônio arqueológico brasileiro” propôs um diálogo para a elaboração de um plano de ação para a preservação e gestão dos bens arqueológicos do país, tendo elabora uma carta com diretrizes. O evento foi realizado em parceria com a Rede de Museus e Acervos de Arqueologia e Etnologia da Sociedade de Arqueologia Brasileira.

Participantes do Seminário Internacional do MHN discutiu a educação em museus

Participantes do Seminário Internacional do MHN discutiu a educação em museus

A 18° Edição do Seminário Internacional do MHN, que marcou os 96 anos do museu em outubro, trouxe conferências, mesas-redondas e comunicações paralelas para tratar do papel educativo dos museus, tendo como marco os 60 anos do Seminário Regional da Unesco sobre o tema. O evento foi realizado em parceria com a Rede de educadores em museus e centros culturais do Rio.

Além das atividades realizadas pelo museu, o MHN também recebeu em seus espaços 250 eventos em 2018: seminários, encontros, workshops, palestras, lançamentos e apresentação de publicações movimentaram o museu.

Exposição
Em 2018, o MHN também inaugurou três grandes exposições temporárias no Rio e teve obras de acervo expostas em São Paulo.

Em março, “Paisagens da Guerra – a pintura de E. De Martino” trouxe à público a coleção de pinturas do italiano Edoardo De Martino que pertence ao MHN, a maior do Brasil, retratando as principais batalhas navais em que o país esteve envolvido no século 19.

Em julho, o Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas voltou a ocupar o MHN. Em sua sexta edição, foram três as exposições em cartaz: “Brasil desamparado”, do curador premiado Josué Mattos; a retrospectiva “A intenção e o gesto”, com obras do artista homenageado Sérvulo Esmeraldo (1929-2017); além dos trabalhos de cinco artistas premiados na edição 2017-2018.

Detalhe da exposição do Prêmio Marcantonio Vilaça em julho

Detalhe da exposição do Prêmio Marcantonio Vilaça em julho

A última exposição temporária do ano, aberta em novembro, segue em cartaz. “O retrato do rei dom João VI” é centrada na construção da imagem de dom João a partir de 24 pinturas, oriundas de instituições brasileiras e portuguesas, coleções particulares e do próprio acervo do MHN. A mostra pode ser visitada até fevereiro de 2019.

Outro destaque foi a exposição “Coleções em diálogo: Museu Histórico Nacional e Pinacoteca de São Paulo”. A coletiva apresenta uma seleção de obras dos dois museus, incluindo telas em grande formato e em papel inéditas ou pouco vistas pelo público geral. A mostra pode ser visitada na Pinacoteca de SP até 28 de janeiro.

Acervo
O Comitê de Aquisição aprovou um total de 357 doações no ano passado. A diversidade de itens aceitos leva em conta que a constituição do acervo é orientada por um conceito amplo de história nacional – em suas diversas concepções e experiências.

No início do ano, o artista Cláudio Valério doou ao MHN a tela de grandes dimensões “Tortura”, que faz parte de uma série apresentada ao público pela primeira vez em 1978. O quadro já pode ser visto na exposição “Cidadania em construção”. Na mesma exposição, a seção Direitos Políticos recebeu uma placa em homenagem a socióloga e política carioca assassinada Marielle Franco (1979-2018), assim como panfletos de campanha de mulheres eleitas nas últimas eleições.

Reconstituição da face de dom Pedro I foi doada ao MHN em 2018

Reconstituição da face de dom Pedro I foi doada ao MHN em 2018

Outra peça doada ao MHN, e que também está em exposição, é a reconstituição em 3D da face de dom Pedro I, modelada digitalmente a partir de foto tirada do crânio do imperador em 2012.

Com a proposta de democratizar o acesso ao acervo, o MHN disponibilizou na internet a sua pinacoteca com 500 pinturas. Ainda em fase de testes, é possível pesquisar todos os itens, tanto os que estão em exposição quanto na reserva técnica, com fotos e informações completas, além de realizar download de imagens em domínio público.

Pesquisa
O Núcleo de Pesquisa concluiu e deu início a novas pesquisas em 2018, além de desenvolver estudos sobre o acervo.

Duas pesquisas de iniciação científica foram concluídas, abordando a presença das carruagens em obras literárias de José de Alencar e Machado de Assis , além de uma análise sobre o processo de restauração da Casa do Trem – um dos edifícios que compõe o complexo arquitetônico do MHN.

Três novos projetos de iniciação científica, orientados por pesquisadores do MHN, foram aprovados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em 2018.

Em paralelo, o núcleo também promoveu discussões no âmbito do grupo de pesquisa “Escritas da história em museus: objetos, narrativas e temporalidades”. Além do Seminário Permanente do MHN, incluído no grupo, tem-se tratados temas como a escrita das histórias da diáspora africana no MHN, que se propõe a ressignificar o acervo, além de propor a implementação de uma política de aquisição nessa linha.

Texto e fotos: Ascom/MHN
Foto destaque: abertura da exposição “O retrato do rei dom João VI”, atualmente em cartaz no MHN.

Retrospectiva: confira os destaques do MHN em 2018

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