É com pesar que o Museu Histórico Nacional comunica o falecimento da museóloga Solange Sampaio Godoy no domingo (15), em Itaipava (RJ).
Formada pelo antigo Curso de Museus do MHN, graduada em História, mestre em História Social da Cultura e professora de Museologia da Unirio, Solange Godoy foi diretora do MHN entre os anos de 1985 e 1989, tendo sido a primeira mulher a assumir, de forma efetiva, a direção do museu desde a sua criação em 1922.
Durante sua gestão, foi responsável pela implementação de projeto de revitalização do MHN, com o objetivo de reaproximá-lo da sociedade, após o fim da ditadura militar no Brasil.
No período, foram inauguradas as novas instalações do Arquivo Histórico e da Biblioteca do museu, ampliou-se a Reserva Técnica, assim como foram realizadas obras de recuperação do pátio da Minerva e a restauração do automóvel Protos, um dos únicos no mundo.
Em 1987, a abertura do módulo “Colonização e dependência”, na exposição de longa duração, foi um marco ao propor conceitos museológicos e museográficos inovadores para a época. Em 1988, apoiou a criação da Associação dos Amigos do MHN. Seguiu colaborando com os Anais do Museu Histórico Nacional nos anos 1990 e 2000.
Em maio de 2022, ao lado de outros ex-diretores da instituição, Solange Godoy recebeu Moção Honrosa durante a entrega da medalha Tiradentes pelos 100 anos do MHN (foto). Sua última contribuição intelectual para o museu está registrada no livro “História do Brasil em 100 objetos”, lançado em dezembro, no qual escreve sobre uma gravura do século 19.
O MHN solidarizam-se com familiares e amigos de Solange Godoy neste momento, quando da perda de uma profissional que tanto contribuiu para a museologia brasileira por mais de cinco décadas.
Texto e foto: Ascom/MHN
