Resultado de doação da Associação de Amigos do MHN e patronos, o Museu Histórico Nacional/Ibram incorporou recentemente duas pinturas do artista carioca Décio Rodrigues Villares (1851-1931) ao seu acervo.
As obras foram adquiridas em leilões de arte no Rio e em São Paulo e reforçam a presença do artista na coleção e o diálogo com a exposição de longa duração do museu. Com as duas novas aquisições, o MHN passa a ter nove peças de Décio Villares em seu acervo – entre pinturas e esculturas.
A obra “Alegoria da Exposição Internacional do Centenário da Independência de 1922” é um óleo sobre tela datado de 1922, encomendado para homenagear o pavilhão americano presente na exposição internacional.
A correlação com o MHN é precisa: fundado também em 1922 durante o período da exposição internacional, um dos pavilhões do evento foi integrado ao complexo arquitetônico do museu. A peça chegou recentemente ao museu e, em breve, deverá ser exposta na sala “Cidadania em construção”, onde se encontram outros itens que abordam o início da República e a exposição de 1922.
Já “Tiradentes”, óleo sobre madeira em pequeno formato, do início do século 20, é uma segunda tela de Villares na coleção que retrata o mártir da Inconfidência Mineira. A peça encontra-se em reserva técnica e ainda não há prazo para ser exposta.
Além de pintor, Décio Villares foi destacado escultor e caricaturista. Formado pela Academia Imperial de Belas Artes, após uma temporada na França adere a teses positivistas e, de volta ao Brasil, envolve-se com questões caras ao Positivismo – especialmente a partir de 1888.
Desenha caricaturas para jornais satíricos e, em 1889, participa da concepção da bandeira do Brasil. Após a sua morte, um incêndio em seu ateliê destrói parte de suas obras.
Texto e foto: Ascom/MHN