Após três dias de atividades, o Fórum Acervos Arqueológicos terminou com a aprovação de uma Carta de Prioridades com propostas para uma política voltada à arqueologia brasileira.
Entre os dias 28 e 30 de agosto, o Museu Histórico Nacional (MHN) recebeu pesquisadores e profissionais das áreas da arqueologia, conservação e museologia com o objetivo de formatar um plano de ação para a preservação e gestão dos bens arqueológicos do país.
A elaboração da proposta teve como base as recomendações da Rede de Museus e Acervos Arqueológicos (REMAAE), deliberadas no 7º Fórum Nacional de Museus, e da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), deliberadas no Fórum da SAB – ambos realizados no ano passado.
Diálogo e colaboração
A Carta de Prioridades para ações articuladas sobre acervos arqueológicos, que estará disponível para acesso público em breve, está organizada em 13 eixos, tem 35 propostas e traz ainda duas moções.
Uma das moções, dirigida ao Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), propõe que o Museu de Arqueologia de Itaipu (RJ), o único museu de arqueologia do Ibram, seja um “espaço de experimentações e diálogos no tocante à gestão e musealização dos bens arqueológicos”, abrindo-se ainda para a discussão e aplicação da Carta de Prioridades para ações articuladas sobre acervos arqueológicos.
Marcelo Mattos Araujo, presidente do Ibram, afirmou, na abertura do evento, a importância da colaboração entre as áreas para a construção de políticas para a arqueologia brasileira envolvendo, além dos órgãos federais, universidades e entidades setoriais, as instituições museais. Segundo o Mapa de Museus, mantido pelo Ibram, existem 35 museus de arqueologia mapeados no Brasil.
O Brasil possui hoje 18 bens arqueológicos tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), sendo 11 sítios e seis coleções localizadas em museus. Conheça o patrimônio arqueológico em cada uma das regiões brasileiras.
O Fórum Acervos Arqueológicos foi organizado pela GT Acervos da SAB, pela REMAAE e MHN, e contou com o apoio do Ibram, Iphan e Associação Brasileira de Conservadores-Restauradores de Bens Culturais (Abracor).
Texto e foto: Ascom/MHN