Um estudo do pintor brasileiro Décio Villares (1854-1931), para uma obra que celebraria a assinatura da Lei Áurea, voltou ao circuito expositivo do MHN.

“Alegoria à Lei de 13 de Maio de 1888”, pintura a óleo sobre tela realizado no final do século XIX, foi incorporada ao acervo do MHN em 1941. Por 29 anos, entre 1983 e 2012, esteve emprestado ao Museu da Abolição/Ibram, em Recife (PE).

De volta ao museu, esteve à espera de restauração, como explica Luis Fernando Abreu, do Núcleo de Conservação e Restauração de Acervo do MHN.

Estudo de Décio Villares volta à exposição permanente do MHN

“O quadro estava muito frágil em sua estrutura. Foi necessário um trabalho de reentelamento, além  de suturas e enxertos “, explica.  “Devido às imagens um tanto diluídas, próprias de um estudo, os retoques foram limitados às áreas de desgaste para manter as características originais do trabalho”.

O quadro agora pode ser visto na linha do tempo que aborda o processo de abolição da escravatura no Brasil – na exposição permanente do MHN “A construção da nação (1822-1889)”.

O autor
O carioca Décio Rodrigues Villares além de pintor foi destacado escultor e caricaturista. Formado pela Academia Imperial de Belas Artes, estudou com pintores consagrados como Victor Meirelles (1832-1903) e Pedro Américo (1843-1905).

Após temporada na França, adere a teses positivistas. De volta ao Brasil em 1881, envolve-se com questões caras ao Positivismo, especialmente a partir de 1888 – como a abolição da escravatura e a proclamação da república. Passa a desenhar caricaturas para jornais satíricos e, em 1889, participa da concepção da bandeira do Brasil. Após a sua morte, um incêndio em seu ateliê destrói parte de suas obras.

O Museu Histórico Nacional possui sete peças de Décio Villares em seu acervo – entre pinturas e esculturas. Outras obras do artista podem ser vistas em museus da rede Ibram  no Rio de Janeiro – como Museu da República, Museu Nacional de Belas Artes e Museu Casa de Benjamin Constant.

O MHN funciona de terça a sexta-feira, das 10h às 17h30; e sábados, domingos e feriados, das 13h às 17h. Conheça os valores de bilhete e gratuidades. A entrada é gratuita aos domingos.

Texto e foto: Ascom/Ibram