Em janeiro de 2021, o Museu Histórico Nacional estava fechado e sem perspectiva de reabertura devido à pandemia. Em dezembro, o museu estava reaberto ao público. Entre o presencial e o virtual, o museu desenvolveu ações de diversas matizes. A seguir, confira destaques das atividades em 2021.
Plano Anual
Com o apoio da Associação dos Amigos do Museu Histórico Nacional (AAMHN) e patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, o MHN desenvolveu um conjunto de ações em seu Plano Anual 2021.
A sonorização de época da exposição “Do móvel ao automóvel”; a realização do Seminário MHN 2021; a exposição “Terra à vista e Pé na lua”; o lançamento de livro sobre o pátio dos Canhões, além de conservação e restauro de itens de acervo, foram contemplados no Plano Anual.
Exposições virtuais
Em parceria com a plataforma Google Arts&Culture, o MHN lançou cinco exposições em formato on-line ao longo do ano: “Rian: um traço feminino na caricatura”, apresenta 26 caricaturas da fluminense Nair de Teffé – a primeira mulher caricaturista do Brasil.
“Reis Carvalho – um pintor na Comissão Científica de 1859” traz desenhos e aquarelas documentais do pintor José Reis Carvalho, artista que acompanhou a Comissão Científica do Império ao sertão brasileiro (1859-1861).
A exposição “Do Carioca ao Guandu: uma breve história do abastecimento do Rio de Janeiro” dá uma visão panorâmica sobre o abastecimento de água na cidade do Rio, indo do período colonial até meados do século 20, a partir de fotografias do acervo do museu. E em novembro, mês da Consciência Negra no Brasil, foram lançadas mais duas exposições: “A história de Maria Cambinda” e “Domingo de festa na fazenda: uma obra, muitas reflexões”, que trazem à tona aspectos das culturas africanas e afro-brasileiras.
Já a coleção digital “Pátio Epitácio Pessoa: o pátio dos Canhões”, lançada durante a Primavera dos Museus 2021, traz informações sobre 73 itens museológicos do acervo da Reserva Técnica do MHN presentes no pátio e está disponível na plataforma Acervo MHN.
Novas publicações
A série de livros digitais acessíveis “Educação Museal: conceitos, história e políticas” teve mais dois volumes lançados pelo Museu Histórico Nacional neste ano – chegando ao total de cinco volumes.
Organizada por Andréa Costa, Fernanda Castro e Ozias Soares, a proposta é contribuir para a difusão do conhecimento em educação museal e para a formação individual e coletiva dos profissionais e gestores da área. Os volumes estão disponíveis na pasta “Livros” da biblioteca digital do MHN:
O livro “Pátio dos Canhões: entre pedras, canhões e arcadas” é uma publicação bilíngue (inglês/português), ricamente ilustrada, que conta a história de um dos pátios mais populares do museu – oficialmente batizado pátio Epitácio Pessoa. A versão digital do livro está disponível para download gratuito.
Além de novos volumes dos Anais MHN, em 2021 também foram divulgados os temas e prazos para os dois dossiês temáticos de 2022, além dos temas de dossiês para o ano de 2023. Mulheres em museus, educação museal, os 200 anos da independência do Brasil e o centenário do MHN são alguns dos temas abordados nos próximos dossiês.
MHN 100 anos
No âmbito das preparações para o centenário do MHN, tiveram início as rodas de conversa “Escuta, conexões e outras histórias”. Trata-se de uma série de debates com diferentes setores da sociedade com o objetivo de refletir sobre o museu e ampliar a representatividade de grupos sociais no acervo, exposições, discursos, pesquisas e demais processos do museu. Foram cinco rodas de conversa on-line realizadas em 2021 e a ação segue em 2022.
Com o patrocínio da AAMHN, um concurso voltado a estudantes de graduação selecionou a marca comemorativa do centenário do MHN. Na primeira fase da seleção, uma banca de profissionais da área classificou duas marcas, que foram para votação popular: a marca vencedora foi produzida por um estudante da Universidade Federal do Rio de Janeiro..
Circuito expositivo
O Museu Histórico Nacional, após 18 meses fechado devido à pandemia de coronavírus, reabriu em setembro último. Na volta, o público pode conferir a exposição sobre os 150 anos da Granado, que estava em cartaz antes da pandemia começar.
O museu também apresentou ao público a nova sonorização de época para a exposição “Do móvel ao automóvel”. Em novembro, o museu reabriu todos os espaços com novidades: as intervenções do projeto Echoes, a reformulação do módulo “Cidadania” da exposição de longa duração, além da exposição temporária “Terra à vista e Pé na lua”.
Formação e educação
As sessões on-line do Seminário MHN 2021 aconteceram em outubro com o tema “Escutas, conexões e outras histórias nos museus”. A proposta de ouvir “outras histórias” significa possibilitar a pluralização da construção da história nacional nas ações do MHN e dialogou diretamente com a proposta de reflexão do museu em seu centenário.
O 2º Seminário Museu e Educação teve lugar em novembro, também em formato virtual, com o tema “Educação museal e decolonialidade”. Um dos principais desafios para os museus na contemporaneidade, a necessidade de rever discursos, processos; narrativas e representações estiveram no eixo das atividades do seminário.
No âmbito de ações educativas, voltadas para públicos diversos, o projeto Bonde da História ganhou uma série de ‘lives’, apresentando o circuito expositivo do museu por meio da ferramenta Google Street View, e contando ainda com a participação de convidados em cada sessão.
O Museu Histórico Nacional funciona de quinta a sábado, das 10h às 16h. A entrada é franca e não há necessidade de retirada antecipada de ingressos.Confira os protocolos de segurança para visitantes.
Devido aos festejos de fim de ano, o museu está fechado ao público e reabre no dia 6 de janeiro de 2022. Para outras informações, faça contato pelo endereço eletrônico faleconosco.mhn@museus.gov.br.
Texto: Ascom/MHN
Imagens: Divulgação/MHN