2020 foi um ano de muitos desafios para o MHN. O Ano começou com duas exposições em cartaz: “Ermanno Stradelli – fotógrafo pioneiro na Amazônia” e “A história da botica mais tradicional do Brasil”, que homenageou os 150 anos da empresa Granado. Em março, contudo, a pandemia do novo coronavírus alterou drasticamente este quadro.
A pandemia levou ao fechamento do museu e suas equipes para o trabalho remoto. Neste contexto, foi preciso se reinventar. A chance veio logo em maio, quando o museu produziu, pela primeira vez, uma programação inteiramente virtual para a 18ª Semana de Museus.
Contamos com a participação do público surdo, para eleger a melhor tradução em Libras do nome do MHN; fizemos uma homenagem ao museólogo Clovis Bornay, antigo funcionário do museu, além de outras atividades. Foi lançado ainda o Espaço Educativo Virtual, que aproximou o público de nossas ações educativas no período de maior isolamento social.
Em setembro, a Primavera dos Museus 2020 foi novamente em formato virtual e, dentre as atividades, houve o lançamento do primeiro volume de uma coleção de livros digitais acessíveis com foco na Educação Museal.
Os conteúdos on-line tiveram grande relevância: foi possível dar visibilidade a grande parte do acervo digitalizado do museu, disponível tanto na Biblioteca Digital quanto no Acervo MHN/Tainacan.
Foram destaques a disponibilização de mais de 1,2 mil moedas da coleção de numismática e da coleção de itens tridimensionais da Panair do Brasil. Foram também lançadas duas novas edições digitais dos Anais do Museu Histórico Nacional.
Novos formatos
Tivemos ainda a chance de experimentar novos formatos de comunicação: o podcast “Museu e histórias” apresentou, em dez episódios, as diversas áreas e ações do MHN; e o episódio piloto em vídeo “Desvendando o acervo” colocou o foco na difusão do acervo museológico.
Fomos ainda um dos primeiros museus brasileiros a estrear na rede social TikTok, produzindo vídeos curtos e informativos, que têm atraído a atenção do público e mesmo de outros museus.
No contexto da pandemia, a realização de ‘lives’ passou a integrar a rotina do museu. Além de webinários e visitas educativas mediadas ‘em casa’, versão virtual do projeto “Bonde da História”, a edição 2020 do Seminário Internacional do MHN foi destaque, reunindo virtualmente centenas de pessoas durante dois dias de palestras e debates.
Doações e modernização
Mesmo com o museu fechado, a área de acervo analisou propostas de doação por parte da sociedade civil. No total, 70 itens foram incorporados ao acervo do MHN neste ano, por meio de 17 doadores, como azulejos, pinturas e mesmo um teste rápido para detectar covid-19.
Por lá também foi preparada uma exposição virtual, em parceria com a plataforma Google Arts & Culture, voltada para as celebrações do Dia da Consciência Negra no Brasil – que segue em cartaz na plataforma.
Prestes a completar 100 anos, em 2022, o conjunto arquitetônico não foi esquecido: o museu já retomou as obras relacionadas à revitalização do pátio de Santiago, a estrutura mais antiga que compõe o conjunto; assim como dá seguimento a modernização da Reserva Técnica do MHN.
Os recursos são oriundos do Fundo de Defesa de Direitos Difusos, que ainda prevê outras ações nos próximos dois anos – como obras de arquitetura, restauro, climatização, instalações prediais e de segurança.
Para mais informações sobre o Museu Histórico Nacional escreva para o endereço eletrônico faleconosco.mhn@museus.gov.br.
Texto: Ascom/MHN
Imagens: MHN/divulgação